Prevenção se aprende na escola - Mariana Lenharo

FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE


O papel da escola é fundamental para retardar o uso do álcool entre os adolescentes.

Isso porque, na opinião de César Pazinatto, consultor educacional para programas de prevenção de álcool e drogas e professor do Colégio Bandeirantes, as propagandas têm, indiretamente, focado nesse público.
Pazinatto conta que vai iniciar, junto com a pesquisadora Ilana Pinsky, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), um estudo para investigar a ação das empresas de álcool nas redes sociais, como Twitter e Facebook. No momento, os alunos do 7o ano do Ensino Fundamental do Bandeirantes estão analisando as ações de propaganda de bebidas em campeonatos de futebol e eventos esportivos.
Pazinatto afirma que o trabalho de prevenção na escola foca, inicialmente, nos comportamentos de risco desencadeados pelo uso do álcool. "Eventualmente, esses jovens podem se envolver em brigas e violência sexual, ou podem ficar mais vulneráveis para o uso de outras drogas", diz.
Depois, são abordadas as consequências biológicas e psicológicas. Segundo o educador, em relação à família, não bastam boas conversas sobre o assunto. Os pais precisam, em primeiro lugar, tentar dar bons exemplos. "A ideia é que não fique a impressão de que tomar porre é algo comum", ressalta.
A preocupação da rede particular com o consumo de drogas entre seus alunos tem se intensificado. No ano passado, colégios tradicionais da cidade, como Santo Américo, Colégio Marista Arquidiocesano e I.L. Peretz, uniram forças para buscar medidas de combate ao problema, lançando a I Jornada de Prevenção contra o Comportamento de risco nas Escolas Paulistanas.
Essas escolas desenvolvem programas de prevenção integrados com as disciplinas, uma evolução da antiga estratégia de promover palestras eventuais sobre o tema para os estudantes.

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