Jovens, álcool e crack

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Duas notícias veiculadas no Blog Dependência Química na sexta-feira, 8 de abril.

A segunda notícia é bastante preocupante.

Alcoolismo crescente começa em casa

Jornal da Cidade de Bauru

A quantidade, cada vez maior de bares, choperias, pubs e similares está levando a bebida alcoólica para mais perto de casa.

O aumento no número de pontos de vendas torna o acesso à bebida mais fácil. Existem em Bauru, atualmente, cerca de 700 estabelecimentos dessa natureza cadastrados na Secretaria Municipal de Finanças. A expectativa é de um número ainda maior, pois nem todos estão regularizados.

Não há um registro oficial, mas estimativas dão conta de que há cinco anos o setor era um pouco menor, com cerca de 500 estabelecimentos. De acordo com profissionais da saúde que trabalham diretamente com dependentes químicos, a facilidade de acesso ajuda a tornar o consumo mais fácil. Mas não é fator determinante. Segundo eles, as companhias fazem mais diferença, principalmente, a companhia que existe dentro da própria casa.
O JC conversou com três alcoolistas que conseguiram controlar a dependência da bebida e todos eles revelam que o exemplo que tiveram dentro de casa foi fundamental para definir o caminho trilhado por eles.

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Jovens trocam o álcool pelo crack

Jornal da Cidade de Bauru


Índice de pessoas que tornam-se dependentes da bebida é cada vez menor, ao contrário do que ocorre com consumo da pedra.

Se antigamente os jovens usavam a bebida alcoólica como pretexto para criar coragem, agora o instrumento é outro. O álcool foi substituído por outras drogas, especialmente pelo crack.

Foi uma mudança lenta, porém gradativa, e que refletiu de maneira inequívoca no perfil dos dependentes químicos atendidos pelo Centro de Apoio Psicossocial/Álcool e Drogas (Caps/AD) de Bauru.
“Entre os jovens, não temos mais alcoolistas. A grande maioria dos que chegam até aqui é usuária de crack”, afirma a psicóloga Valéria Moron Perri Gimenes, coordenadora do Caps/AD. Álcool e crack são drogas que não combinam muito bem. Portanto, quem usa crack, dificilmente consome bebida alcoólica. E a recíproca também é verdadeira. “Quem usa álcool, não usa crack”, diz a coordenadora.
Segundo Valéria, essa inversão começou a ficar evidente há cerca de um ano e meio. No caso específico dos jovens, ela conta que há uma dificuldade considerável para o sucesso do tratamento porque a maior parte chega ao Caps/AD levada pelos pais ou por ordem judicial, ou seja, obrigada. “Quando não há o desejo do paciente em se curar, a recuperação é mais difícil”, afirma.

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